sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Nosso Timeline (parte 1): decisão de emigrar e aulas de francês

Bom, como começamos o blog no meio do caminho do processo, vou contar, em linhas gerais, como foi nosso Timeline. Como ele abrange mais de 1 ano e meio, vou dividir toda a trajetória em vários posts.

Após voltar de uma viagem de férias em abril/11 (fora do Brasil)naquele período em que estamos voltando à realidade e à rotina, começamos a discutir como seria legal morar em um lugar onde as coisas funcionam... onde a violência, existe, mas não é absurda, onde os serviços públicos são decentes, onde a desigualdade social não atinge níveis deprimentes como aqui, etc, etc.

Nisso, lembramos de uma amiga do Mari que havia imigrado para o Canadá há alguns anos e estava super realizada por lá. Também buscamos informações sobre a situação de vários brasileiros que já estavam lá há mais tempo. "Vamos?" Claro que sim! Temos boa formação, boa experiência profissional, bom nível de inglês - nos encaixamos perfeitamente no Federal Skilled Worker! Porém, quando começamos a verificar os pré-requisitos, não encontramos nossas profissões na lista das "Eligible Occupations". 

Próxima opção: Quebéc Skilled Worker. Ok, frio na barriga, mas vamos encarar o desafio e aprender francês. A melhor parte foi que fizemos a avaliação online sinalizando zero de conhecimento de francês e passamos! Estávamos ansiosos para começar logo o processo, pois sabíamos o quão longo ele podia ser. A possibilidade de começá-lo sem dominar o francês nos faria ganhar tempo.

Nos matriculamos na AF para iniciar as aulas em agosto/11 e começamos a juntar a documentação e preencher os formulários. A idéia era enviar o quanto antes e estudar muito francês. Assim, quando fôssemos convocados para e entrevista, já teríamos um nível mínimo e uma pontuação alta nos demais requisitos.
Porém, no final de agosto fomos à nossa 1a palestra do BIQ que na época tinha como palestrante M. Gilles Mascle. Quando entramos no assunto da avaliação online ele perguntou se alguém havia recebido o OK mesmo sem conhecimentos em francês. Levantamos e mão e ele disse "Legal, vocês possuem uma pontuação alta, mas não adianta nem enviar os documentos enquanto não conseguirem comprovar pelo menos o nível básico de francês"(A1 na classificação da AF). 
Nem preciso dizer que foi como um balde de água fria nos nossos planos. Tivemos que rever nossa estratégia e aguardar para enviar a documentação. Resolvemos, após finalizar os 2 primeiros módulos de francês, fazer mais 2 em janeiro e fevereiro (intensivos de verão) e enviar a documentação ao final - contando com nossas avaliações de módulo da AF para comprovação de nível.

Eis que, em dezembro/11, o BIQ comunica que, à partir daquela data, todos os candidatos deveriam comprovar seu nível de francês através do TCF, obtendo, obviamente, um nível mínimo no score final. 

Então fomos atrás de locais e datas das próximas provas e, felizmente, haveriam provas em março/12 na AF de Porto Alegre. No final das contas, não seria tão ruim, pois teríamos recém finalizado o intensivo. O porém, é que não nos sentíamos nada preparados para enfrentar uma prova tão importante com tão pouco conhecimento da língua.
A saída foi pesquisar muito sobre a prova e estudar, mas estudar muito. Simulados online, podcasts em francês, elaboração de textos com respostas para todas as possíveis perguntas do teste oral (com tempo de resposta cronometrado), comunicação em francês dentro de casa... Como falamos aqui no RS, "nos puxamos muito". 
Na hora da prova estávamos muito nervosos, mas no final deu certo. Ambos atingimos nível B1 na Compréhension Orale e B2 na Expression Orale.

Com isto, mesmo sem enviar comprovação dos conhecimentos em inglês, nossa pontuação já atingia o mínimo necessário. Decidimos que iríamos enviar a documentação imediatamente, mesmo sem os resultados do meu teste do IELTS (marcado para maio). 


Femme



2 comentários:

  1. Tudo bom, sou da turma de Janeiro de 2013, sou de TI, gostaria de saber de qual área vocês são. Abraço

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi! Somos ambos engenheiros (acabamos recebendo CSQ prioritário para a etapa Federal). Mesmo entrando no processo depois da gente é capaz de você passar na nossa frente... Normalmente o pessoal de TI tem processo super rápidos (comparados com os demais).
      Boa sorte!

      Abraço!
      Femme

      Excluir